I Feira do Livro da Faculdade de Ciências Sociais da UFG.

A Faculdade de Ciências Sociais tem uma significativa produção intelectual, desenvolvida por professores, estudantes de graduação e pós-graduação e técnicos administrativos. Alguns temas abordam questões locais e regionais, o que é imprescindível. Outros tratam de questões nacionais e globais, configurando a inserção internacional de sua pesquisa, ensino e extensão. Num e noutro caso, trazemos novidades ao debate nas Ciências Sociais. É essa produção recente da FCS que será apresentada em sua I Feira do Livro.

O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa traz doze acepções distintas para “feira”. Pelo menos quatro delas são esclarecedoras do que este evento almeja: a) exposição, geralmente acompanhada de eventos diversos, de música etc; b) exposição destinada a exibir novos produtos; c) na acepção de feira popular, festa popular, quase sempre ligada à do padroeiro local, com música, folclore, comes e bebes, fogos de artifício e parque de diversões. O dicionário traz também – abrindo, aliás, a lista – a concepção mais corriqueira, de d) reunião de vendedores e compradores em determinado local e hora, com a finalidade de comércio. Acepção que, embora presente no evento, está longe de ser a mais relevante.

A realização do evento no Restaurante e Bar Confraria Gamboa marca também outro aspecto importante da feira: espaço de convivência social, de circulação de ideias, de manifestações culturais e artísticas. E isso desde as tradições medievais de grupos saltimbancos, mambembes, mamulengos. O Folheto de Feira – rebatizado com o termo erudito e importado de Literatura de Cordel –, muita vez recitado com um pandeiro na batida do coco, cumpria essa função de circulação de ideias e notícias. Sivuca imortalizou esse espaço em sua composição Feira de Mangaio. Mestre Vitalino foi descoberto na Feira de Caruaru, saudada na voz de Luiz Gonzaga (composição de Onildo Almeida). A presença de integrantes da velha guarda do choro de Brasília com o grupo goianiense Descendo a Madeira garantem a parte da festa popular.

Por fim, e não menos importante, a Livraria da UFG e a Cânone Editora estarão presentes, vendendo, com preços promocionais de lançamento, as obras recentes dos integrantes da Faculdade de Ciências Sociais da UFG. Obras que podem interessar a um público mais amplo que o de especialistas das áreas de Antropologia, Ciência Política, Museologia, Relações Internacionais e Sociologia. E a venda aos interessados – que também caracteriza a feira – é uma das formas mais democráticas de acesso a esse tipo de produção.