TCC Museologia 2020

2020 

 

Título A MASCULINIDADE HEGEMÔNICA E A COLONIALIDADE NO FAZER MUSEAL
Aluno(a) LEONARDO TAVARES ALENCAR
Orientador(a) Profa Dra. Camilla de Moraes Azevedo Wichers
Banca Profª. Dra. Eliane Gonçalves 
Prof. Dr. Jean Baptista
Arquivo PDF (aqui)
Resumo Esse trabalho tem um objetivo principal analisar a masculinidade hegemônica e a colonialidade no campo do patrimônio cultural e dos museus. O conceito de masculinidade hegemônica abordado aqui foi estabelecido por Raewyn Connell. O conceito é usado para denominar uma masculinidade específica, que se coloca como hegemônica em estruturas sociais e culturais da modernidade ocidental. Homens cis, brancos, heterossexuais e burgueses são os que se enquadram nessa norma. Esse modo de fazer museal e essas representações, organizam e sistematizam opressões de gênero e contra homossexuais. Consequentemente, subalternam subjetividades, as colocando como hierarquicamente inferiores. Juntamente com o conceito de masculinidade hegemônica, utilizo o conceito de colonialidade de Anibal Quijano. A colonialidade é um conceito crítico proposto para mostrar a continuidade de um padrão de poder oriundo da colonização moderna, com a invenção do conceito de raça e de um sistema-mundo regido pelo capital. Demonstro, por meio da análise de monumentos e museus do Estado de Goiás, que esses bens e espaços são eixos de construção e afirmação dessa masculinidade hegemônica

 

 

 

Título O MONUMENTO VAI AO MUSEU? DEBATES SOBRE A SALVAGUARDA DE ÍCONES EM DERROCADA.
Aluno(a) JULIANA BARBOSA PEREIRA DA COSTA ACIOLE
Orientador(a) Prof. Dr. Jean Tiago Baptista 
Banca Profª. 
Prof.
Arquivo PDF (aqui)
Resumo O presente trabalho tem como tema a derrubada recente de monumentos pelo mundo, Iremos abordar que, essa derrubada de monumentos não surgiu agora, não é um caso recente. Acontece há séculos, em diversos períodos históricos. Então, surge uma problemática: Quais as implicações que estes movimentos causam à Museologia? Qual o lugar dos museus e de seus profissionais neste debate? Que contribuições o pensamento museológico pode ofertar para este ponto de crise entre patrimônio material e demandas populares? Por hipótese, este estudo acredita que o Museu e a Museologia podem contribuir na sugestão de políticas de salvaguarda coerentes com os profissionais de museus, ofertando, assim, algumas reflexões e sugestões. Por tanto, o trabalho está dividido em três capítulos, onde o primeiro, apresenta algumas possíveis causas que historicamente tem levado os monumentos ao ocaso, assim como procura considerar sobre o que está acontecendo neste momento com os monumentos alvo de levantes populares. O segundo capítulo procura apresentar os três principais conceitos que norteiam a reflexão da monografia, ou seja, pensa-se as categorias de museu, patrimônio e monumento no interior do debate central; o terceiro capítulo, por sua vez, apresenta algumas soluções encontradas e outras sugestões imaginadas sobre qual o lugar dos museus e da Museologia neste contexto, sugerindo, ao fim, que podemos servir como pólo de ressignificação dos monumentos sem necessariamente precisar apagá-los.

 

 

Título MUSEOLOGIA SAPATÃO: uma proposta expositiva
Aluno(a) Victória Lôbo
Orientador(a) Dr. Jean Tiago Baptista
Banca Prof. Dr. Pablo Fabião Lisboa
Profa. Dra. Thaina Castro Costa Figueiredo Lopes
Arquivo PDF (aqui)
Resumo Este projeto é um manifesto pela Museologia Sapatão e uma proposta de musealização das lesbianidades. Objetiva-se expressar essa concepção por meio da concepção de uma exposição digital. Trata-se de uma forma de difundir a visibilidade das mulheres inseridas na comunidade, nossas lutas e nossas conquistas, nossos dramas e nossas glórias diárias — enfim, nossas memórias. Traçando as linhas da marginalização das lésbicas, este grupo social, que é silenciado não somente por fazer parte de uma minoria homossexual, mas por ser um grupo exclusivamente de mulheres, onde somos excluídas e invisibilizadas até mesmo dentro da comunidade LGBT, pois mesmo sendo um grupo de minorias, ainda assim é composto também por homens nascidos e construídos em um mundo patriarcal com costumes machistas de superioridade de gênero. Partindo desses fatos e com o intuito de promover o apoio a visibilidade das memórias do patrimônio das mulheres lésbicas, apresento uma proposta de exposição digital baseada na Museologia Sapatão, que irá evidenciar a profusão da temática histórica, de memória e patrimônio lésbico. Construindo a perceptibilidade da importância de se expor, transmitir, relatar, exteriorizar o debate de uma luta, que se faz não somente pelas lésbicas, mas também pelo feminismo.